O jogo da queimada
uma prática para o ensino da genética
DOI:
https://doi.org/10.55838/1980-3540.ge.2011.121Palavras-chave:
Qualidade de Ensino, Ensino Médio, Genética, Jogo da Queimada, Ensinar JogandoResumo
Atualmente é reconhecido amplamente que a ciência deve integrar os recursos culturais de qualquer pessoa, nomeadamente por ser parte integrante de um mundo onde a visão contemporânea é fundamentada. A Biologia tem, obviamente, o seu lugar nesta tarefa, até pelo fato de ser uma ciência dotada de forte dinamismo e com um desenvolvimento ímpar na atualidade. As dificuldades que os conteúdos científicos levantam, decorrem, frequentemente, da própria natureza dos conceitos. A Genética, em particular, é recorrentemente referida pelo fato de abordar conteúdos científicos caracterizados por um vasto e complexo vocabulário que dificulta a compreensão e a diferenciação dos conceitos envolvidos, como é o caso dos associados a termos como alelo, gene ou homólogo. Desta forma, o jogo da queimada proporciona uma metodologia diferente para o ensino de Genética em sala de aula, ou fora dela, auxiliando professores e estudantes no entendimento dos conceitos básicos de Genética. Os conceitos abordados no ensino de Genética no ensino médio são, geralmente, de difícil assimilação, sendo necessárias práticas que auxiliem no entendimento desses conceitos pelos estudantes. Dessa forma, métodos inovadores de ensino que envolvam arte, modelos e jogos mostram-se promissores para serem aplicados no ensino de Genética. Tais atividades, quando aplicadas de forma lúdica, complementam o conteúdo teórico permitindo maior interação entre conhecimento professor- -estudante, trazendo contribuições ao processo ensino- -aprendizagem (MIRANDA, 2001). As dificuldades dos estudantes na genética são, em particular, recorrentemente referidas e atribuídas ao fato de ser a genética uma área caracterizada por um vasto e complexo vocabulário. Os estudantes, diante de palavras e conceitos, mostram muitas vezes dificuldades em compreender e diferenciá-los, como é o caso dos associados a termos como alelo, gene ou homólogo. Os problemas matemáticos usados neste contexto são, muitas vezes, alvo de dúvidas dos estudantes, até porque os símbolos respectivos nem sempre são usados consistentemente por professores e autores de manuais didáticos (CID & NETO, 2005). O jogo pedagógico ou didático é aquele fabricado com o objetivo de facilitar a aprendizagem, diferenciando- se do material pedagógico, por conter o aspecto lúdico (CUNHA, 1988). De acordo com KRASILCHIK (2004), os jogos didáticos são formas simples de simulação, cuja função é ajudar a memorizar fatos e conceitos. Nesta perspectiva, o jogo não é o fim, mas o eixo que conduz a um conteúdo didático específico, resultando em um empréstimo da ação lúdica para a aquisição de informações (KISHIMOTO, 1996). Como a necessidade de informações e de aprendizagem dos estudantes do ensino médio em relação à Genética é crescente, maior atenção tem sido dada para as aulas práticas realizadas em sala de aula, devido à facilitação do processo de aprendizagem dos assuntos abordados. Jogos e oficinas prazerosas podem ser utilizados como estratégias para melhorar o desempenho dos estudantes em assuntos mais complexos (MIRANDA, 2001). Os objetivos propostos por este jogo é criar subsídios para a fixação de conceitos teóricos necessários aos futuros acadêmicos; despertar o interesse dos estudantes pela ciência, em particular a Genética; contribuir para que os estudantes tenham melhor formação; contribuir para que os professores do ensino médio, tenham um recurso facilitador; fornecer conhecimentos sobre o conceito de DNA (ácido desoxirribonucléico), estrutura, transcrição e tradução do DNA, primeira lei de Mendel e demais temas relacionados utilizando materiais de fácil acesso.
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