Genética do desenvolvimento e evolução dos grandes grupos de animais
DOI:
https://doi.org/10.55838/1980-3540.ge.2006.21Palavras-chave:
eixos embrionários, homeobox, plano do corpo, ontogênese, filogêneseResumo
A compreensão dos processos e mecanismos macroevolutivos que levaram ao surgimento dos grandes grupos de organismos multicelulares fica difícil quando vista como mera extensão de processos microevolutivos. Muitos destes problemas foram resolvidos nas últimas décadas com os avanços das pesquisas em Biologia e Genética do Desenvolvimento. A análise de diferentes genes reguladores na embriogênese de Drosophila melanogaster e de camundongos mostrou grande número de genes homólogos, não apenas pela sua similaridade na seqüência de nucleotídeos, mas também na sua função. Muitos destes genes, como os genes Hox, são genes reguladores-mestres que integram complexas redes gênicas. Assim definem a identidade de segmentos ao longo do eixo ântero-posterior do corpo, ou, no caso de Pax6, induzem a formação de estruturas altamente complexas, tais como as dos olhos. A conservação observada na estrutura e função da maioria dos genes reguladores da embriogênese dos metazoários e o fato de que todos os filos deste grupo surgiram em curto espaço de tempo, de poucos milhões de anos, no início do Cambriano, sugerem uma base comum na “bagagem genética” ou “ferramentas genéticas” que regulam os processos de desenvolvimento. Outrossim, pequenas mutações nas regiões cisregulatórias destes genes podem alterar os seus domínios de expressão e assim gerar uma grande variedade nos planos do corpo dos metazoários.
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